De acordo com a psicologia budista, a maior parte dos nossos problemas nasce do desejo ardente e do apego que sentimos pelos objectos, erradamente concebidos como entidades duradouras.
A obtenção dos objectos desse desejo e desse apego implica o uso da agressão e da rivalidade como meios supostamente eficazes. Estes processos mentais exprimem-se em acções cujo o efeito óbvio é a beligerância.
Este processo ocorre no espírito humano desde tempos imemoriais, mas a sua expressão física tornou-se mais eficiente nas condições actuais. Como podemos dominar e controlar estes “venenos” – a ilusão, a cobiça e a agressão – que estão na base de quase todos os problemas do mundo?
A cólera, o orgulho e afins são obstáculos ao desenvolvimento da atitude altruísta, contrariando-a e enfraquecendo-a. Por isso, quando surgem, não podemos deixá-los desenvolverem-se mas temos de aplicar antídotos para lhes pôr cobro.
A cólera, o orgulho, a rivalidade e afins são os nossos verdadeiros inimigos. Como não há ninguém que nunca se tenha enfurecido, é possível, com base nessa experiência, perceber que ninguém se pode sentir feliz nesse estado de espírito.
Que médico receitaria a cólera como tratamento de uma doença? Que médico diria que a cólera nos faz mais felizes?
Um excerto de Sabedoria Infinita, Dalai Lama, Presença
… pois é verdade! e quando usam a cólera contra nós? quando nos gritam e fazem-nos sentir medo?
Já fiz esta pergunta várias vezes 🙂
Podemos falar disso, Tsering?
Beijinho
Olá Ana Aquino
Eu acho que quando nos gritam não tem de ser sinónimo de sentir medo. Até podemos não ter razão, e os outros mil razões para nos gritarem. Mas, se conseguirmos manter a atenção plena no que se está a passar, e sobretudo, nas nossas reacções corporais, acabamos por transmitir ao outro algo de vibracionalmente diferente. Se reparares, tempos depois, os outros estão tão desejosos como nós de por fim à discórdia. O que se passa em geral, é deixar o tempo curar a ferida. Mas, se estamos no Dharma, continuamos a trabalhar interiormente… e … a nata vem sempre ó de cima!
Isabel