Retiro de Outono
Retirar-se do bulício exterior e interior durante um fim-de-semana é tirar férias do que mais nos cansa: o desgaste dos nossos próprios conflitos e turbilhões emocionais.
Retirar-se do bulício exterior e interior durante um fim-de-semana é tirar férias do que mais nos cansa: o desgaste dos nossos próprios conflitos e turbilhões emocionais.
Às vezes não conseguimos esquecer, e muito menos perdoar, o mal que achamos que nos foi feito. Mantemos vivas essas memórias dolorosas e deixamos que rodem na nossa mente como roupa no tambor da máquina. E, enquanto assim fazemos, sofremos.
A grande maioria de nós vive alienada do momento presente, mergulhada em pensamentos e cogitações, absorvida pelo mental e os seus incessantes tormentos. Como vivemos em total desatenção do que se passa à nossa volta, tornamo-nos insensíveis à beleza que nos rodeia e às pequenas coisas nas quais se encontra uma grande parte da felicidade.
Não somos os nossos pensamentos, ou melhor, não somos apenas os pensamentos. Quando começamos a reconhecê-los, começamos também a reconhecer a “Presença Espaçosa” dentro as qual eles ocorrem e que tem a capacidade de os reconhecer.
Muitas pessoas pensam que a meditação consiste em esvaziar a mente dos pensamentos. Embora seja natural que o seu ritmo abrande depois de algum treino, haverá sempre pensamentos. Tal como existe sempre movimento à superfície da água, mesmo a mais calma, também existe sempre movimento no espírito.
Meditar é treinarmo-nos a deslocar a nossa atenção do pensamento para algo que esteja a ocorrer aqui e agora. Pode ser um objeto exterior como a chama de uma vela, uma flor ou uma imagem; pode ser a perceção dos sons que nos rodeiam; podem ser as sensações físicas que estamos a experimentar. Uma das técnicas mais utilizadas é a observação da própria respiração.
Muitas pessoas pensam que a meditação consiste em esvaziar a mente dos pensamentos mas, tal como existe sempre movimento à superfície da água, mesmo a mais calma, também existe sempre movimento no espírito. A meditação não serve para acabarmos com os pensamentos mas para descobrirmos que podemos não ser manipulados por eles.
Nagarjuna, um dos maiores mestres iluminados de sempre, era monge e iogue, muito amado e respeitado por todos. Um dia deu uma lição a um ladrão.
Um dos aspetos da paciência, tal como foi descrita no contexto do treino budista, é a resiliência, ou seja, a capacidade de enfrentar as dificuldades com uma atitude positiva e não-conflituosa.
Haverá um segredo para um relacionamento equilibrado?