A prática da meditação revela-nos claramente a natureza mutável das coisas e, naturalmente, passamos a dar-lhes menos importância. Como nada dura, sejam quais forem os esforços que tenhamos feito para adquirir e preservar aquilo a que estamos apegados, no final vamos acabar por perdê-lo. Não será melhor não nos apegarmos?
Estas reflexões devem-nos incitar a dar uma nova orientação mais repleta de sentido à nossa vida, mas infelizmente mergulham muitas pessoas na tristeza ou mesmo na depressão. Para elas, a vida torna-se desprovida de sentido e de valor, o que é completamente falso! Se estamos vivos, há excelentes razões para tal. Temos a sorte de ter um nascimento humano, de sermos dotados de inteligência e estamos neste mundo para nos libertarmos completamente do estado de espírito samsárico. A nossa situação não é desesperada. Temos de compreender bem o seguinte: meditar sobre a impermanência tem como objectivo fazer-nos aceder à verdadeira liberdade à qual todos aspiramos!
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Os ensinamentos do Buda sobre a impermanência têm como único objectivo diminuir o nosso apego às coisas que não são importantes de forma a podermos dedicar o nosso tempo e a nossa energia ao bem dos outros. Tornarmo-nos pessoas melhores – é disso que se trata!
Excertos de “Le petit rien qui change tout”, Lama Yeshe Losal Rinpoche, Editions Claire Lumière.
Esta é a mensagem mais importante no dia do meu aniversário.