Retiro de Outono
Na nossa vida moderna, trepidante e exigente, com conflitos e solicitações incessantes, retirarmo-nos do bulício exterior e interior durante uns dias é tirar férias do que mais nos cansa: o…
Na nossa vida moderna, trepidante e exigente, com conflitos e solicitações incessantes, retirarmo-nos do bulício exterior e interior durante uns dias é tirar férias do que mais nos cansa: o…
Na nossa vida moderna, trepidante e exigente, com conflitos e solicitações incessantes, retirarmo-nos do bulício exterior e interior durante uns dias é tirar férias do que mais nos cansa: o desgaste dos nossos próprios conflitos e emoções perturbadoras.
Às vezes as nuvens que ensombram a nossa experiência com um véu de separação dissipam-se num breve momento. Sentimo-nos parte de um todo, como uma gota de água cuja existência se fundiu no oceano. Estamos no fluxo, ou como dizem os americanos “we got in the zone”.
Os gregos aconselhavam: “Conhece-te a ti próprio”. A meditação é uma ferramenta perfeitamente adequada para esse auto-conhecimento. Todas e quaisquer formas de meditação no Budismo tibetano têm sempre dois aspetos.
Que ligação existe entre o corpo e o espírito na meditação? Tal como em todas as áreas da vida, o corpo não funciona sem a mente, nem a mente sem o corpo. Uma alteração da respiração tem efeito sobre a mente, e quando a mente está agitada, a respiração altera-se.
Algumas pessoas gostam de meditar em grupo, outras não. Como todas as coisas na vida, meditar em grupo tem vantagens e desvantagens.
A grande maioria de nós vive alienada do momento presente, mergulhada em pensamentos e cogitações, absorvida pelo mental e os seus incessantes tormentos. Como vivemos em total desatenção do que se passa à nossa volta, tornamo-nos insensíveis à beleza que nos rodeia e às pequenas coisas nas quais se encontra uma grande parte da felicidade.
A meditação traz-nos de volta para o momento, para a realidade concreta da nossa experiência. Permite-nos ganhar consciência de coisas óbvias como respirar, ouvir, sentir, ter consciência de estarmos sentados ou a andar. Permite-nos notar tudo, sem julgamento, sem comentários.
Não somos os nossos pensamentos, ou melhor, não somos apenas os pensamentos. Quando começamos a reconhecê-los, começamos também a reconhecer a “Presença Espaçosa” dentro as qual eles ocorrem e que tem a capacidade de os reconhecer.